Resenha: Fiquei Com Seu Número - Sophie Kinsella

Foto por: Melina Souza Título Original:  I've Got Your Number  Autora: Sophie Kinsella  Páginas: 464 páginas  Editora: ...



Foto por: Melina Souza

Título Original: I've Got Your Number 
Autora: Sophie Kinsella 
Páginas: 464 páginas 
Editora: Record 

O que dizer de um livro que entrou para minha lista de queridinhos antes mesmo que eu pudesse chegar a metade da leitura e ao final dela já estava de quebra nos meus favoritos? Em se tratando de Kinsella eu já esperava algo assim, ela é ótima escrevendo livros leves, e nessa história trás uma das tramas mais divertidas que já li, arrancando risadas em locais públicos e alguns olhares de questionamento. Além claro de também ter me trazido quase todos os tipos de emoções em relação a trama. Acho que só não chorei. 
Para variar foi mais um desses livros em que virei a noite lendo, por não conseguir desgrudar do bendito livro. Tanto que lá pelas sete da manhã eu simplesmente parei a leitura me recusando a ler o último capítulo porque achei que ia acontecer algo tenso, mas nem cinco minutos depois eu estava devorando as páginas. Curiosidade é um grande mau... Poppys sabe disso, principalmente em se tratando de e-mails alheios.
Enfim, vamos à história: “Fiquei Com Seu Número” conta a trama de Poppy Wyatt uma jovem fisioterapeuta prestes a se casar com o suposto homem ideal, inteligente, bonito, bem sucedido assim como o resto de sua família. Magnus Tavish inclusive a presenteou com um anel caríssimo incrustado com nada mais que uma esmeralda e dois diamantes o  qual estava presente na família três gerações. Muito lindo isso, não fosse o fato de que Poppy simplesmente o perdeu, semanas antes do casamento!
Desesperada ela começa a revirar o hotel onde estava tendo sua despedida de solteira, acontece que em meio a comemoração um alarme de incêndio soou e o anel que estava nas mãos de uma de suas amigas que insistiram em experimentar desapareceu. Apesar de todos seus esforços ela não consegue encontra-lo, e para piorar a situação seu celular – cujo número foi dado para todo mundo que sabia do anel perdido, incluindo suas amigas, camareiras e mais alguns funcionários do hotel – também é extraviado.
Enquanto estava prestes a ter um ataque cardíaco ela vê um celular em uma lata de lixo e não pensa muito antes de agarrá-lo e passar o novo número para todos. E é ai que a história – e a diversão – começam de vez. O aparelho pertence a assistente de Sam Roxton que desapareceu do mapa, mal dando satisfação ao seu chefe.

Com muita insistência e uma pseudo-chantagem Poppy consegue convencer Sam a deixar o celular com ela, contando que encaminhe cada e-mail, mensagem e recado para ele. Isso faz com que ela tenha acesso a praticamente toda a vida dele. Já que segundo o próprio Sam, a assistente é quem governa sua vida.  Já é de se imaginar que ela não aguente e acabe fuçando os e-mails dele, e por causa disso surgem parte das melhores e mais engraçadas confusões da trama. 
Através do mesmo telefone e diversas SMS trocadas, os dois vão se envolvendo aos poucos e em determinado momento a protagonista já não está mais tão certa do que aquele “estranho” – grosso e quem nunca responde seus e-mails, e quando o faz não consegue ser de forma decente – representa em sua vida.
Por outro lado temos a família de Magnus, os Tavish. O noivo e sua família são meio que “gênios”, e como tal, acabam intimidando-a um bocado. Ás vezes, até fazendo-a se sentir insegura quanto a si mesma. Afinal, ela não é nenhuma intelectual e nem especialista em nada com artigos publicados e tudo. É exatamente esse o segundo ponto que gera altas risadas na trama. Poppy se mete nas maiores enrascadas tentando impedir que descubram que ela perdeu o anel.
Agora me deixe dissecar um pouco os personagens. Nossa personagem principal, é uma mulher super cativante e como Becky (de Delirios de Consumo de Becky Bloom), meio[?] maluca. A ingenuidade dela em realmente crer que está ajudando Sam enquanto mandava alguns dos e-mails é indescritível! Você sabe que ela está errada, mas mesmo assim em algumas horas chega a até concordar com seu ponto de vista. 
Os momentos em que as sua “ajuda” é descoberta são hilários. Isso pra não falar com a confusão com a família do noivo. [Tive que parar a leitura no episódio da camisola porque não parava de rir!]. A saga para ela manter o segredo do anel foi sofrida (para ela e cômica para os leitores), e a resolução pior ainda. Queria ter um infarto naquela hora, sério! Sem contar os jogos com os super-gênios, nunca pensei que jogar palavras cruzadas fosse tão complicado
Mas, é claro que ela também acerta às vezes, nem que seja sem querer, a primeira delas por sinal me fez ter surto de fofura com a reação que arrancou do Sam por ele perceber o quão certa nossa garota estava. Outra coisa que gostei muito na personalidade dela, sua despretensão de falar o que pensa para o mocinho da história.
Por falar nele, Sam, vê-lo passando de empresário lacônico e inexpressivo, o ser grosso que mal respondia ou não respondia seus e-mails para ao um novo indivíduo que manda emojis via sms é adorável. Eu tive um colapso com o primeiro e praticamente a mesma reação da Poppy. Outra coisa que adoro no Mr. Roxton: a maneira como ele se controla pra não explodir com a Poppy, algumas partes são hilárias. Eu simplesmente amei o coquetel, e o desenrolar daquelas cenas, por falar nisso eu queria matar o Justin Cole!
Ah! Não posso me esquecer da primeira aparição do Sam, e das mensagens para atrasar coisas (no final do livro vocês entendem o porquê do “coisas” LOL), Ver Proppy dançando “Mr. Yamasaki” no ritmo de “Single Ladies” foi impagável! Se eu ri? Imagina! Talvez quem prefira mais romance à comédia não goste muito porque é bem mais focado no lado cômico, do que no “amor” do casal. Contudo, nem por isso é uma leitura menos agradável.
Outra coisa que não posso deixar de falar: AS NOTAS DE RODAPÉ! O que eu ri com aquelas notas, sério, um fato incontestável é que não há notas de rodapé mais engraçadas do que as de Poppy! Isso foi uma sacada muito legal!
Quanto aos outros personagens...  Eu acho que também me sentiria deslocada numa família como a dos Tavish, e talvez isso tenha me feito me identificar um bocado com a “bronca” que ela levou do Sam sobre a aceitação da família e tal. Esse foi mais um dos motivos para eu ter colocado FCSN na lista de favoritos, e também porque em alguns pontos é fácil se identificar com o próprio Sam, nessa objetividade que por vezes passa um ar de frieza para quem está do lado de fora.
O bom do livro foi conseguir entender a mente dos dois. Possibilitar entender os dois lados e refletir junto com os personagens. Um bom livro causa isso, não apenas entreter, mas nos faz pensar. E mesmo que essa seja uma comédia conseguiu isso.
Por outro lado temos Annelise. Essa foi uma que me deu vontade de entrar nas páginas e esbofeteá-la, além de e compará-la com conhecidas, pois é. Ruby também me rendeu comparações,  mas essa de uma forma boa, aquela mulher é demais! Adoraria ter uma chefe como ela!
Agora, alguém que me fez rir horrores quando apareceu, foi Willow. Essa realmente não tem a mínima noção do que significa sutileza ou privacidade. Meu Deus! Quem relata a própria vida amorosa em e-mails da empresa!?
O Nick seria alguém muito interessante de se conhecer e não só pelo cargo que o senhor tem no livro, mas pela simplicidade dele, e como lida com as pessoas, queria que ele tivesse aparecido um pouco mais...
A quem quero enganar? Queria que o livro tivesse durado um pouco mais! Sophie só peca nisso, o livro apesar de pouco mais de 460 páginas termina MUITO RÁPIDO. Como alguém já havia me dito, ela é especialistas em finais muito rápidos e devia pelo menos nos dar um epílogo! (Ou um pequeno conto, quem sabe?)

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    “Nunca me senti tão desolada e com tanto pânico. O que vai ser de mim sem o celular? Como vou viver? Minhas mãos ficam procurando automaticamente o aparelho no lugar que costumo colocá-lo no bolso. Meu instinto é mandar uma mensagem de texto para alguém dizendo: “Ai, meu Deus, perdi meu celular!”. Mas como posso fazer isso sem um maldito celular?

     Ele é meu companheiro. É meu amigo. Minha família. Meu trabalho. Meu mundo. É tudo. Sinto como se alguém tivesse arrancado de mim um dos equipamentos que me mantêm viva.”

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