Resenha: Trono De Vidro

Autora: Sarah J. Maas Título Original:  Thorne Of Glass Páginas: 390 Páginas Editora: Galera Record Sinopse: Depois de cumpr...

Autora: Sarah J. Maas
Título Original:  Thorne Of Glass
Páginas: 390 Páginas
Editora: Galera Record
Sinopse: Depois de cumprir um ano de trabalhos forçados nas minas de sal de Endovier por seus crimes, Celaena Sardothien, 18 anos, é arrastada diante do príncipe. Príncipe Dorian lhe oferece a liberdade sob uma condição: ela deve atuar como seu campeão em um concurso para encontrar o novo assassino real. Seus adversários são ladrões e assassinos, guerreiros de todo o império, cada um patrocinado por um membro do conselho do rei. Se ela vencer seus adversários em uma série de etapas eliminatórias servirá no reino durante três anos e em seguida terá sua liberdade concedida.
Celaena acha suas sessões de treinamento com o capitão da guarda Westfall desafiadoras e exaustivas. Mas ela está entediada com a vida da corte. As coisas ficam um pouco mais interessantes quando o príncipe começa a mostrar interesse por ela... Mas é o rude capitão Westfall que parece entendê-la melhor.
Então um dos outros concorrentes aparece morto rapidamente seguido por outros... Pode Celaena descobrir quem é o assassino antes que ela se torne a nova vítima? A medida que a investigação da jovem assassina se desenrola a busca por respostas a leva descobrir um destino maior do que ela jamais poderia ter imaginado.

Inspirado originalmente num dos mais conhecidos contos de fada, contudo não tire conclusões precipitadas dessa informação. Celaena, diferente de Cinderella está longe de ser uma donzela indefesa, assim como o livro não é apenas um simples romance água com açúcar. Pelo contrário, o romance, segue de uma forma sútil e lenta durante o desenrolar da trama que tem como foco principal e quase total uma protagonista forte e determinada, moldada a “ferro” e sal, que pode ser tão afiada quanto às espadas e facas que tanto ama.
Primeiramente devo dar uma ênfase a maravilhosa arte da capa e contra capa do livro. Apaixonei-me instantaneamente assim que vi a primeira e quando o livro chegou sai abraçada com ele de tão linda que é. E, se você for como eu e tem um pequena, sutil, ah que se dane, bom um penhasco por espadas e lutas com arma branca é mais um bônus para a trama.

O enredo em si é composto em sua esmagadora maioria por personagens femininas que tem mais o que mostrar do que apenas futilidades que as típicas mocinhas de corte. E isso se estende até mesmo a criadas de língua afiada em papel de fada madrinha, ou e princesas que demostram ser muito mais destemidas do que se pode esperar, e guerreiras também.
Celaena Sardothien não é apenas uma assassina, a jovem apesar de sua idade é A Assassina de Adarlan, uma lenda conhecida por todo o mundo, cuja fama a precede. Porém depois de uma traição acabou capturada e confinada as minas de sal de Endovier. Local em que seria é mais fácil desejar ter sido morta a sofrer as punições dos trabalhadores que são tratados como escravos pelos subalternos do ardiloso rei de Adarlan. E ela estava fadada a terminar seu dias nesse lugar, no entanto, certo dia é levaa pelo Capitão Chao ao encontro do "arrogante, almofadinha" príncipe Dorian. A qual faz a ela uma proposta irrecusável: Sua liberdade em troco de se tornar a Campeã do Rei.
É claro que a proposta não é tão simples assim. Ela teria de arriscar a própria vida lutando com em um torneio com vinte e três outros homens de origem duvidosa que também estariam disputando a vaga. E então trabalhar Seis, Cinco, quatro anos como Campeã do Rei, e só então ter sua liberdade. Acontece que isso implica em alguns problemas que chocam-se com os ideais de Celaena. O primeiro deles deve-se ao fato de ter que trabalhar para o Rei que destruiu o seu reino, e tudo indica que foi indiretamente o causador da morte dos próprios pais dela, o "trabalho" se resume a assassinar pessoas de acordo com a vontade do pernicioso monarca. E, embora, aceitar a proposta esteja contra sua crença ela acaba não tendo muita escolha. E segue viagem com o príncipe para Adarlan.
Outro problema é que, além das provas e luta contra as limitações da sua falta de forma devida ao tempo em Endovier, e outras hostilidades, há uma criatura, um mal, no castelo cuja origem ela nem desconhece. E, como se não bastasse os Campeões começam a serem assassinados de forma estranha e cruel. Então, mesmo após aceitar o trabalho, Celaena tem de lutar para salvar sua própria vida, não somente evitando voltar pra Endovier, mas parar permanecer realmente a salvo. E, ainda recebe a tarefa de matar a criatura que ronda o castelo, que de alguma forma, ela acreditar ter ligações com as mortes dos Campeões e com estranhas marcas encontradas no castelo.
Em meio a isso tudo ela passa a conviver mais com o Capitão Chao Westfall (cujo nome eu amei, diga-se de passagem), que se torna seu treinador e a pessoa que passa mais tempo com ela. Esse por sua vez mostra no desenrolar da história que não é uma simples ferramenta de guerra do Rei. Chao, assim como Celaena, se vê questionando o que acredita, além disso ele passa a desconfiar o que realmente está por trás de algumas decisões do Rei, bem como a crença de que não deveria confiar numa assassina, já que ele se tornando um dos mais próximos dela. E pilar base da história.
Dorian, o príncipe herdeiro, vê-se nos mesmos lençóis, e, embora de forma branda aos poucos acaba sendo conquistado pela Assassina de Adarlan. Tornando-se a peça que falta do triangulo amoroso que segue de forma velada por todo o livro. E com a convivência com Celaena mostra a assassina que nem todos os membros da realeza seguem os pré-conceito aos quais ela acreditava. E mesmo ele, passa a se perguntar que espécie de rei gostaria de ser quando assumisse o trono.
Além de tudo isso ainda há Nehemia, a princesa de Eyllwe, cujo reino está a vias de fatos de ser sobrepujado por Adarlan. Sua personalidade é forte e astuta, e assim como seu conhecimento e a forma como faz suas jogadas (a maioria pelos "bastidores" da trama) mostra que ela está longe de ser apenas uma mulher a deriva do que vem acontecendo com Eyllwe. E que está disposta a se arriscar pelo que acredita.
Outras personagens que valem ser lembradas são: Felippa, uma criada de língua afiada que só poderia estar a altura da protagonista; afinal lidar pessoalmente com Celaena não é uma tarefa fácil, mesmo que isso inclua apenas trabalhos do dia a dia; E, Elena, a primeira princesa de Terrasen, que mesmo em suas poucas aparições, além de mostrar a força de uma rainha guerreira, deixa mais perguntas e teorias no ar do que qualquer outro personagem em relação a Celaena. Cujo laço para com a assassina é questionável, devido a ultima frase proferida pelo espectro da princesa.
Além delas a Nox, um cativante ladrão de joias e aliado de Celaena nos treinos, cujo destino eu espero saber mais num futuro. (Eu e meu amor por personagens secundários)
Quanto aos vilões, bem, melhor sempre desconfiar e analisar as ações dos mesmos desde o inicio.
A trama em si no início me pareceu meio morna, mas já é se esperado devida a apresentação dos fatos e o modo como Celaena vivia. Porém com o desenrolar me vi presa a páginas e mais páginas do livro a ponto de trocar horas de sono por leitura. E, além disso, quando as descrições das lutas começaram, me vi tendo pequenos surtos pela narrativa, que descrevia de uma forma bastante agradável — ao menos para quem aprecia esse tipo de coisa — os golpes e calor das lutas.

E o fim da história, bem, eu só posso dizer que nada é realmente certo. E isso apesar dos pesares e duvidas acaba se saindo bem interessante. Só espero ter noticias de uma continuação logo!

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2 comentários

  1. Desgraça, agora aumentou minha vontade de ler!! mao/
    O segundo livro, Crown of Midnight, foi lançado em agosto nos EUA... Só nos resta esperar lançarem aqui... :C

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    1. Por que não pode ter lançamento simultâneo!?! T_T
      Esperar boa vontade da Galera Record vai ser foda

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